Angélica Ferrarez é uma acadêmica, ativista, feminista negra e professora. Doutora em História Política pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro com a tese “Mulheres Negras no Pós-Abolição: memória, linguagem e poder no ofício da porta bandeira”. Angélica também possui graduação em História e se tornou Mestre em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro em 2013.
Possui artigos publicados e participou da organização de diversos livros, dentre eles, o livro “As acadêmicas do samba”, que reúne mulheres negras que estudam o samba e o carnaval. Além disso, em 2022, foi publicado o artigo intitulado “No rastro do Museu do Carnaval Tia Dodô da Portela: por uma proposta decolonial”. suas pesquisas atravessam questões de gênero nos estudos sobre história e cultura africana e afro-brasileira. Angélica Ferrarez também é professora da Universidade Federal do Recôncavo Baiano desde 2021.
Atualmente, para além das atividades acadêmicas, Angélica também é colaboradora de outros projetos, como o Fórum Permanente Pela Igualdade Racial, através do qual luta contra o racismo e o sexismo, do qual faz parte desde 2019, além de realizar minicursos, palestras e produções culturais para as comunidades.
Mesa Redonda
Samba como documento: a historicidade na oitava arte
Luana Tolentino é uma intelectual e professora mineira, que estuda feminismos e Educação e Relações Étnico-raciais.
Ingressou na faculdade de História pelo Centro Universitário de Belo Horizonte em 2002 e desde essa fase de sua carreira se dedica a estudar o racismo. Em 2006 concluiu seu TCC cujo título foi “Racismo e discriminação contra os negros no sistema judicial mineiro na década de 80”e em 2018 se tornou mestre em educação pela Universidade Federal de Ouro Preto. Luana possui quatro artigos publicados em periódicos e sete capítulos em livros. É autora das obras como “Outra Educação é possível: feminismo, antirracismo e inclusão em sala de aula”, e de “Sobrevivendo ao Racismo: memórias, cartas e o cotidiano da discriminação no Brasil”, publicado recentemente. Sua atuação na área da educação possui muita relevância. Foi professora de História em escolas públicas de 2008 até 2019 e de 2019 a 2020 atuou como professora substituta da Universidade Federal de Ouro Preto.
Ao longo de sua trajetória, a intelectual mineira recebeu diversas premiações como reconhecimento de seus trabalhos na área da educação e na área acadêmica. Dentre eles, recebeu a medalha da Inconfidência, maior honraria concedida pelo estado de Minas Gerais, o prêmio Lélia Gonzalez, pela Universidade Federal do Recôncavo Baiano e, em 2021, foi homenageada pelo Centro Acadêmico “Luana Tolentino” de História da Universidade Federal de Viçosa.
Atualmente, Luana compõe o quadro de pesquisadores do Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade vinculado à Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, é colunista da revista Carta Capital desde 2018 e tem participado regularmente dos principais eventos nacionais sobre a educação, racismo e feminismos.
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Leis e Projetos Educacionais em História da África
Sales Augusto é um intelectual e pesquisador relevante da área de estudos afro-brasileiros, com experiência em pesquisas na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia das Relações Raciais e Educação das Relações Étnico-Raciais.
Escreveu de três livros “Educação: um pensamento negro contemporâne”, lançado em 2014, de “Gênero, Orientação Sexual, Raça e Classe: violências contra estudantes no campus de uma universidade federal”, de 2019, e de “O Sistema de cotas para negros da UNB um balanço da primeira geração”, de 2015. É membro Sociedade Brasileira de Sociologia, da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros, da Latin American Studies Association, da Brazilian Studies Association.e entre 2018 e 2020, compôs a Anti-Harassment Task Force form American Studies Association. Iniciou sua carreira acadêmica na Universidade de Brasília, em 1984; na mesma universidade também conquistou o título de mestre, em 1997, e de doutor em 2007. Sales também possui pós-doutorado pelo Department of African & African Diaspora Studies (DAADS) at the University of Wisconsin Milwaukee (UWM) (2019-2020) e pelo Department of Africana Studies at Brown University (2012-2013). Sua trajetória profissional é extensa: em 1992 se torna técnico judiciário pelo Tribunal Superior do Trabalho do Distrito Federal, ao qual permanece vinculado até 2019; em 2003 inicia sua carreira como professor universitário voluntário na Universidade de Brasília; de 2009 a 2011 se torna professor substituto pela mesma instituição. Entre 2005 e 2007 também foi colaborador da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial.
Ao longo de sua trajetória, Sales teve vínculos com instituições de ensino e pesquisa nacionais e internacionais e desenvolveu inúmeros projetos, inclusive na Universidade Federal de Viçosa, com a qual manteve seu vínculo até a primeira metade deste ano. Na UFV, ele seguiu o desenvolvimento de investigações sobre a violência nos campi das universidades federais mineira.
Hoje, além de prosseguir com este projeto, também é membro do corpo editorial da Revista de Relações Sociais, revisor periódico de diversas revistas e pesquisador do Núcleo de Estudos Afro-brasileros e Indígenas da Universidade Federal de Ouro Preto.
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Leis e Projetos Educacionais em História da África
Arthur Vinicius é cantor, compositor e professor de Música ponte-novense. Arthur Vinih, seu nome artístico, é também um homem negro, sua arte e sua prática docente não se dissociam de sua identidade étnico-racial e da política. Nesse caminho, almeja despertar a consciência de quem escuta.
Despertar a consciência para a exploração que assola a população brasileira enquanto também realiza um trabalho de retomada da autoestima do povo negro. Contudo, Arthur Vinih não realiza seu trabalho sem também recuperar suas raízes identitárias. E o faz na forma e na letra; a primeira, ocorre também estilísticamente ao utilizar o ritmo e os sons do Funk, que é um gênero musical de raízes negras. Já a segunda, ocorre em suas letras como se pode observar na faixa “Eu Sou Negão”, em ele empreende uma luta contra as violências simbólicas que incidem sobre pessoas negras cotidianamente, como se pode observar no refrão “Eu Sou Negão, nego do cabelo bão, por que você chama o meu cabelo de ruim? eu não queria ter seu cabelo de branquin”. A conjugação de ritmo e lírica desta faixa, além do sucesso que ela atingiu, lhe garantiu a vitória do Festival de Música de Barzinho em Viçosa e do Festival da Canção da cidade de Rio Casca, ambos em Minas Gerais.
Além da faixa lançada junto da banda Os Malungos, lançou também o álbum “Inverso”, em 2016, e os EPs “Linha do Tempo”, em 2019, e “Ferida Exposta”, em 2021. Fez parte do projeto Soul da Esquina, que homenageia o movimento musical Clube da Esquina e da primeira edição do evento “Reabolição”, ocorrido em Viçosa na Estação Cultural Hervê Cordovil, e que objetiva redefinir a ideia de Abolição, compreendendo que ela não ocorreu em sua totalidade.
Atualmente, além de sua carreira artística, Arthur Vinih também é professor pelo projeto Percepção Musical e criador de conteúdo digital pelas suas redes sociais, tendo 14,6 mil seguidores no Instagram e 5 mil seguidores no TikTok. Basta procurar @ArthurVinih e @ArthurVinihoficial para encontrá-lo no Instagram e no TikTok, respectivamente.
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Funk, História e Raça: a música como cultura subversiva
Bruna Salgueiro Silva Ferrarez se formou como técnica em Dança na Escola Técnica de Artes em 2014, localizada no Parque da Juventude, projeto de revitalização da área que abrigava o Complexo Penitenciário Carandiru, e em 2018 se formou em pedagogia pela Universidade de São Paulo - USP. Sua trajetória é marcada por ocupações relacionadas à área da Educação com parcerias com instituições como o Sesc e a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo.
Como bailarina, produtora e percussionista, fez parte do grupo “Ewê" - um grupo de dança e estudo aplicado às danças de matrizes africanas e afro-diaspóricas. Também é fundadora do projeto “Colheita, Educação e Partilha”, voltado para divulgação científica e suporte pedagógico relacionados ao ensino afro-ameríndio.
Além da faixa lançada junto da banda Os Malungos, lançou também o álbum “Inverso”, em 2016, e os EPs “Linha do Tempo”, em 2019, e “Ferida Exposta”, em 2021. Fez parte do projeto Soul da Esquina, que homenageia o movimento musical Clube da Esquina e da primeira edição do evento “Reabolição”, ocorrido em Viçosa na Estação Cultural Hervê Cordovil, e que objetiva redefinir a ideia de Abolição, compreendendo que ela não ocorreu em sua totalidade.
Hoje, atua como técnica social na Associação Terra de Deus, Terra de Todos, movimento fundamentado na teologia da libertação e conectado à Igreja Apostolica Brasileira, além de estar aprofundando seus estudos em Libras.
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Educação Decolonial e História Indígena
Lara de Godoi é graduada em Bacharel e Licenciatura em História pela Universidade Federal de Viçosa - UFV. Atualmente, é mestranda em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO.
Durante sua graduação participou de diversos eventos e etapas importantes para o curso de História da UFV, como o 1º Congresso dos Estudantes de História da UFV, em 2019 e III e da V Semana de História da UFV. Em 2022, sua pesquisa como bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, lhe rendeu o 19º Prêmio de Pesquisa Destaque na Iniciação Científica e Tecnológica. Seu TCC foi produto desta pesquisa e teve o título “Elaboração de Código QR nas dinâmicas de comunicação do Museu do Oratório - ICFG.”
Lara tem experiência na área com ênfase em História do Brasil Colônia e desenvolveu pesquisa na área de História da Arte Afro-brasileira com foco em Oratórios Afro-brasileiro. Tem interesses também nas áreas de História da Arte Sacra, História e Musealização de Joias Criolas e Políticas Públicas Patrimoniais. Além de estar participando de um projeto de extensão voltado para o protagonismo feminino na missão científica de Maria Leopoldina da Áustria e na tomada de decisão para a independência do Brasil.
Hoje, atua como técnica social na Associação Terra de Deus, Terra de Todos, movimento fundamentado na teologia da libertação e conectado à Igreja Apostolica Brasileira, além de estar aprofundando seus estudos em Libras.
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Patrimônio e Memória: debate acerca das derrubadas e tombamentos
Leandro Marin Santos é graduando em História pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro-UFRRJ, é dono da página “HistóriaNoPaint” e do podcast “HistóriaNoCast” e vem se dedicando ao ensino de História com memes desde 2016. Hoje, possui mais de 1,3 milhão de seguidores em variadas plataformas digitais. Na VII Semana Acadêmica de História, Leandro fez uma apresentação de forma remota e anunciou o tema de sua pesquisa de TCC sobre a ascensão da extrema direita pela utilização da “linguagem memética”. Além disso, o carioca é uma das referências na área de divulgação histórica através de redes sociais e realiza palestras em escolas e faculdades sobre o tema.
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Abertura Temática: divulgação histórica
Luíza de Oliveira Pacheco é mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Patrimônio Cultural, Paisagens e Cidadania da Universidade Federal de Viçosa.
Concluiu a graduação em Secretariado Executivo Trilíngue pela mesma instituição em 2018. Recentemente, como revisora, tradutora, designer e co-autora, Luiza lançou o livro “História e Patrimônio na América Latina: Diálogos críticos” junto da professora doutora Priscila Dorella, do Departamento de História da UFV e do professor Santiago Cabrera Hanna, da Universidad Andina Simón Bolívar, no Equador.
Luiza Pacheco também produziu artigos científicos sobre patrimônio em Viçosa, como os Balaústres, questões de especulação imobiliária, conservação e preservação de patrimônios culturais na cidade.
Atualmente é auxiliar em Administração no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCH) da Universidade Federal de Viçosa e é editora adjunta da Revista de Ciências Humanas, publicação editada pelo CCH desde 2001. Em 2020 iniciou a função de assessora editorial na Revista SCRIBES - Brazilian Journal of Management and Secretarial Studies, ligada ao Departamento de Letras da mesma instituição. Atuou como revisora gramatical e tradutora na Revista APGS - Administração Pública & Gestão Social, pertencente ao Departamento de Administração da UFV.
Mesa Redonda
Patrimônio e Memória: debate acerca das derrubadas e tombamentos
Thiago Barbosa Alves de Souza é um professor de Música Clássica e um pesquisador em Funk. Mais conhecido como Thiagson, nasceu no sertão da Bahia, mas cresceu em Santo André, próxima a Zona Leste da cidade de São Paulo.
Entrou na área da música em 2007, quando ingressou no curso técnico e profissionalizante em Música pela Fundação das Artes de São Caetano do Sul, época em que estudou violão clássico e tocou piano em concertos. De forma quase ininterrupta, iniciou a graduação em Música pela Universidade Estadual Paulista, pela qual se formou também Mestre em Artes. O título de dissertação de mestrado é “Canal do Thiagson: olhar de artemídia musical sobre o funk e a musicologia como entretenimento”, no qual defende a ideia de que “se um compositor quer falar para a comunidade em que vive deve fazer outra coisa que não suas composições” (SOUZA, 2019).
Que faz o compositor Thiagson para além de compor? Como alguns já sabem e como o trecho do resumo de sua dissertação sugere, o pesquisador de Funk possui um projeto com as redes sociais. É possível encontrá-la pelo nome Canal do Thiasgon no Youtube, no Instagram e no Facebook, sendo que está com 5,5 mil inscritos no primeiro, com 53,9 mil seguidores no segundo e com 16 mil seguidores no Facebook. No TikTok, ele tem 14,5 mil seguidores e lá seu perfil se chama apenas “Thiagson”. Em suas redes sociais, Thiagson fala sobre o Funk e contribui para desconstruir visões preconceituosas e estigmatizadas que existem a despeito do que a música de fato é e representa.
Thiagson possui dois livros publicados “Apontamentos Sobre o Acorde de Nona Aumentada em Vier Lieder Op. 2 de Alban Berg e A Teria dos Eixos Harmônicos” em 2013 e “Sorry It's Over: A Morte da Música Clássica” de 2018, Atualmente, além de sua atuação nas redes sociais, Thiago Barbosa também é doutorando em Música pela Universidade de São Paulo - USP e realiza palestras, minicursos e comunicações em âmbito acadêmico e não acadêmicos.
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Funk, História e Raça: a música como cultura subversiva
Victor Santos da Silva estudante de letras (UNOPAR), fundador e coordenador do ponto de Luz Coletivo (2015 a 2023), arte educador pelo lar Tia Anastácia (2017 a 2019) Centro Cultural favela Cria (2021 a 2023), mestre-sala (2007 á 2010 e 2019) carnavalesco, Integrante e fundador da ATB Rodas Culturais (Associação dos Trabalhadores de Base da Rodas Culturais de Teresópolis (2022 e 2023) integrante do Ilê axé Omim Ayiê, ativista pelos direitos da juventude periférica, pesquisador da herança cultural afro diaspórica na cidade de Teresópolis e membro ativo do Fórum Municipal de Cultura nos GT's de Artes urbanas e Povos Originários e Tradicionais de Matriz africana contemplado pelo Micro edital Favela Criativa da Secult com a Iniciativa Festival são Pedro de Cultura de Rua (2016), pela Lei Aldir Blanc com a Iniciativa Laboratório Resiliências (2020) e com a medalha Zumbi dos palmares pelo (MOCABT) Movimento Cultural Afrobrasileiro em Teresópolis (2021).
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Samba como documento: a historicidade na oitava arte
Lilian Alves Gomes é professora Adjunta PPGSP IUPERJ UCAM; Pesquisadora CESAP UCAM; Dra. em Antropologia Social - Museu Nacional UFRJ.
Lilian é doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro - PPGAS/MN/UFRJ, onde também obteve o título de mestre. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais. Fez estágio (bolsa de doutorado sanduíche) na École Pratique des Hautes Études.
Atualmente é professora do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro IUPERJ/UCAM. É pesquisadora colaboradora do Grupo de Estudos sobre Políticas de Preservação do Patrimônio Cultural, vinculado ao Núcleo de Documentação, História e Memória - NUMEM da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO e MARES - Religião, arte, materialidade, espaço público : grupo de antropologia, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Tem experiência com antropologia de dois objetos, arte e religião; memória e teoria social; antropologia urbana e patrimônio cultural. Avaliadora da Lei Nacional de Incentivo à Cultura. Ao longo de sua trajetória recebeu prêmios como o 1º lugar no Concurso Sílvio Romero, promovido pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/IPHAN, em 2017, e o 1º lugar no prêmio ABA Lévi-Strauss, promovido pela Associação Brasileira de Antropologia, em 2010.
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Patrimônio e Memória: debate acerca das derrubadas e tombamentos
Juá Pytã é uma pessoa indígena da periferia de São Paulo, criada na cidade de Poá onde teve a maior parte das suas vivências, território onde seu umbigo está enterrado e que considera sagrado em sua trajetória. Atualmente trabalha no CEU São Miguel, atuando como professora de expressão corporal para a educação infantil, levando seus conhecimentos e sabedorias para as crias. Também faz parte da comunidade Quilombo das cobras, uma ocupação na Vila Any (Guarulhos), que compõe o coletivo Pindoreta com o projeto Buraco Negro, onde pesquisam o teatro a partir de vivências em diáspora.
Mesa Redonda
Educação Decolonial e História Indígena